domingo, 23 de agosto de 2009

Entre o Retorno e os Riscos

Publicamos artigo do Prof. Luiz Roberto Calado sobre Retorno e Risco. Boa Leitura!
Num cenário de juros baixos, os fundos multimercados são uma opção para quem busca maior rentabilidade - e se sujeita a um risco maior
Diante da baixa rentabilidade nas aplicações mais conservadoras, muitos investidores têm se perguntado onde aplicar seu dinheiro. Apesar de frustrante, é preciso dizer que não há opções para se obter um lucro extraordinário, sem assumir algum risco. Essa relação é um imperativo do mercado financeiro, ou seja, não é possível obter um alto retorno se não houver a contrapartida de assumir um certo grau de risco.
Entretanto, nos últimos anos, nós, brasileiros, nos tornamos muito avessos ao risco, porque nos acostumamos com taxas bastante atrativas em investimentos conservadores como, por exemplo, os fundos DI, atrelados ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
Mas, no novo contexto da economia do país, de juros baixos, é necessário repensar o modo como investimos, de maneira a aproveitar a rentabilidade oferecida por investimentos um pouco mais arriscados do que estávamos acostumados. Para nossa sorte, apesar de a maioria dos investidores ainda preferir produtos mais seguros, o mercado financeiro brasileiro possui opções sofisticadas de aplicações financeiras, alinhadas ao que já existe nos países mais desenvolvidos.
O investimento em ações não é a única alternativa aos fundos DI, como pensam alguns. Há muitas outras opções interessantes que permitem diversificar o porftolio dos investimentos, assumindo alguns riscos. Uma dessas alternativas são os fundos multimercados, ainda pouco conhecidos. Essa categoria de aplicação recebeu atenção especial na recente reestruturação dos tipos de fundos, no mês de junho. A nova classificação da Associação Nacional dos Bancos de Investimentos (Anbid) deixou mais explícito quais riscos cada classe pode assumir.
Os fundos multimercados podem aplicar os recursos dos cotistas em produtos mais rentáveis do que os títulos do governo. Por esse motivo, geralmente possuem um retorno superior aos tradicionais fundos DI. Como não poderia deixar de ser, a esssa chance de um retorno superior está associado um risco proporcional.
Aos menos experientes na dinâmica dos investimentos vale deixar uma dica: experimente alocar nesses fundos uma parte dos recursos disponíveis. Poucos meses após a aplicação, o investidor terá condições de avaliar se está preparado, ou não, para possuir investimentos com um nível um pouco maior de risco.
Por fim, uma ressalva: para uma boa iniciação nos fundos multimercado, o ideal é começar investindo uma parcela pequena. De preferência, aplique um capital que não será utilzado em um horizonte de seis meses a um ano.
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*Luiz Roberto Calado é vice-presidente da Diretoria Executiva do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças - Ibef, de São Paulo - e gerente de certificação & educação de investidores da Anbid - Associação Nacional dos Bancos de Investimento www.comoinvestir.com.br

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